terça-feira, 3 de junho de 2014

Ter intestino preso não é normal!

A constipação intestinal (conhecida como intestino preso ou prisão de ventre), apesar de ser uma queixa comum na população, não deve ser encarada como uma condição normal. Se você demora três dias ou mais para evacuar, faz esforço excessivo para evacuar ou tem a sensação de que a sua evacuação não é completa, procure um médico coloproctologista. 

A constipação pode ser apenas resultado de uma má alimentação (dieta pobre em fibras e líquidos), mas também pode ser um sintoma de doenças do intestino (Doença de Chagas, tumores obstrutivos, etc), de doenças anorretais (retocele, anismus, etc), de doenças sistêmicas (hipotireoidismo, doenças neurodegenerativas, etc) ou ser efeito colateral de medicações de uso contínuo (alguns tipos de analgésicos e anti-depressivos, etc).  Portanto, é necessária uma avaliação completa, incluindo a história clínica, exame físico e em alguns casos exames complementares para o correto diagnóstico da causa da constipação para que seja iniciado o tratamento adequado para cada caso. 

A constipação pode predispor ou piorar os sintomas de diversas doenças como hemorróidas, fissuras anais e diverticulose intestinal. Além disso, a dieta pobre em fibras, que leva à constipação, também é fator de risco para o câncer de intestino! Portanto, constipação é coisa séria e deve ser tratada! Abaixo estão orientações gerais para o tratamento da constipação intestinal, mas se não houver melhora com essas medidas iniciais, procure um médico coloproctologista!

Orientações para Pacientes com Constipação intestinal
1. Alimentos que devem ser ingeridos com maior frequência:
-        Cereais integrais (trigo, arroz), farelo de trigo e de linhaça, aveia, pão integral, biscoito integral 
-        Leguminosas frescas e secas (feijão, grão de bico, fava, lentilha)
-        Frutas frescas como laranja com bagaço, mamão, pêra ou maça com casca, uva, figo, ameixa fresca, tangerina, abacaxi, manga, melancia, melão, banana prata, etc (Exceto banana maça, goiaba, cajú)
-        Sementes oleaginosas (nozes, avelãs, amêndoas, castanhas, amendoim, pistache)
-        Verduras como alface, acelga, agrião, aipo, escarola, espinafre, nabo, repolho, rabanete, cenoura, mostarda, brócolis, couve-flor, pimentão, cebola (de preferência cruas ou ligeiramente refogadas)
-        Frutas secas (uva passa, figo, ameixa, damasco)
-        Sucos de frutas como laranja, tangerina, abacaxi, maracujá (sem coar)
-        Leite e derivados, principalmente batidos com frutas e mel

2. Evite ou diminua o consumo de: Massas, pães, biscoitos (de farinha refinada), bolos, batata, macaxeira, carne vermelha com gordura visível.  
3. Tome de 2 a 3 litros de água por dia: A água torna as fezes mais amolecidas e favorece a ação das fibras. Dieta rica em fibras e pobre em água pode causar efeito inverso (ressecar as fezes).
4. Faça exercícios físicos regularmente: Exercícios estimulam as funções intestinais e fortalecem a musculatura abdominal.
5. Coma em intervalos regulares de até 3 horas: A regularidade da alimentação promove movimentos intestinais adequados, facilitando o trânsito intestinal.
6. Procure ir ao banheiro na hora que sentir vontade: Respeite seu organismo e não iniba o desejo de evacuar. Aos poucos, com a re-educação, seu intestino funcionará sempre no mesmo horário.

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